Fã ou Admirador?
Cara, há exatamente uma semana, realizei dois sonhos. Além de rever um show da Pitty, após jejum de um ano, tive a oportunidade de estar lado a lado dela e registrar esse momento em fotografia. Só isso valeu todo o esforço e a noite mal dormida no aeroporto. Passado todo esse frenesi e depois de contar algumas dezenas de vezes a mesma estória no msn, de como tinha conseguido a foto, lembrei-me de uma aluna que, certa vez, me perguntou como eu poderia gostar da Pitty. Na época, nem me dei ao trabalho de responder. Há pessoas com as quais não vale a pena discutir. Hoje, com meu carinho e admiração pela P. ainda mais consolidados, sei que tenho know-how para responder esta pergunta a quem quer que seja. O curioso é que por muito tempo questionei o fanatismo de certas pessoas por artistas e/ou pessoas célebres. Ainda prefiro dizer que sou mais um admirador da Pitty e do seu trabalho a afirmar que sou seu fã, pois, muitas vezes, a palavra fã pressupõe mesmo fanatismo (se bem que minha ida ao aeroporto na meia-noite de quarta, me denuncia :-P). Contudo, entendo que, na formação do caráter e da personalidade, é indispensável essa busca por ídolos, essa tentativa de seguir os passos de alguém. Tudo o que somos nada mais é que fruto de todas essas experiências vivenciadas desde a infância com colegas de escola, professores, familiares. Por isso, não tenho vergonha ou receio em dizer que Pitty me inspira e muito. É até uma questão de identificação quanto ao estilo, ao modo de pensar e de agir.
Pra começar, essa coisa de ser diferente, de ser você mesmo e não estar nem aí para o que os outros possam falar, é uma máxima na minha vida. A todo instante, vejo pessoas me olhando esquisito por conta do meu cabelo grande, roupas e unhas da mão direita pretas e olha que nem sou tão radical.
Nesse lance de identificação com a Pitty, certamente o que mais me fascina é essa sua capacidade de fazer rock com conteúdo. Rock bom de se ouvir e bom para refletir. Há um bom tempo, eu estava ávido por algo assim. No mais, Pitty consegue ser original na sua maneira de fazer música. Num universo musical tão repleto de coisas parecidas e cópias mal feitas, é gostoso poder ouvir algo diferenciado. Normalmente, a válvula de escape acaba sendo o cenário underground que não segue nenhum molde da moda e se permite experimentar coisas novas. E é exatamente isso que é bacana, a capacidade de inovar.
Outros aspectos, que me chamam atenção na baianinha, dizem respeito à sua naturalidade, espontaneidade e, sobretudo, sinceridade. Não a vejo usando máscaras e nem tentando criar imagens de si. O que vejo é a Pitty como realmente é. Ás vezes, ela é tão sincera e incisiva que até nos assusta. Mas também não é para menos. Vivemos em um país governado por hipócritas inescrupulosos, sanguessugas que não hesitam em nos contar mentiras ou meias-verdades. Estamos tão acostumados a sorrisos dissimulados que uma palavra sincera é, muitas vezes, mal aceita.
Outra coisa interessante de se notar é como a influência da Pitty vai além do cenário musical. Graças a ela, fui “apresentado” a um ótimo escritor – Aldous Huxley, do qual já li dois livros: Admirável Mundo Novo e A Ilha, tendo sido este do que mais gostei.Por tudo isso, não tenho dúvidas em afirmar que P. tem contribuído para minha formação intelectual e crescimento pessoal. Sei que parece exagero, mas não é. Na verdade, depois de reler tudo isso que escrevi e mesmo ainda estando um pouco resistente à idéia de assumir minha condição de fã (lembrem-se: prefiro me ver como admirador), começo a me perguntar se não vale a pena o fanatismo por um ídolo como a Pitty. Um ídolo que te incentiva a ser você mesmo, a deixar de lado o preconceito e a seguir vivendo cada momento. Sinceramente, começo a pensar que sim :-).
Pra começar, essa coisa de ser diferente, de ser você mesmo e não estar nem aí para o que os outros possam falar, é uma máxima na minha vida. A todo instante, vejo pessoas me olhando esquisito por conta do meu cabelo grande, roupas e unhas da mão direita pretas e olha que nem sou tão radical.
Nesse lance de identificação com a Pitty, certamente o que mais me fascina é essa sua capacidade de fazer rock com conteúdo. Rock bom de se ouvir e bom para refletir. Há um bom tempo, eu estava ávido por algo assim. No mais, Pitty consegue ser original na sua maneira de fazer música. Num universo musical tão repleto de coisas parecidas e cópias mal feitas, é gostoso poder ouvir algo diferenciado. Normalmente, a válvula de escape acaba sendo o cenário underground que não segue nenhum molde da moda e se permite experimentar coisas novas. E é exatamente isso que é bacana, a capacidade de inovar.
Outros aspectos, que me chamam atenção na baianinha, dizem respeito à sua naturalidade, espontaneidade e, sobretudo, sinceridade. Não a vejo usando máscaras e nem tentando criar imagens de si. O que vejo é a Pitty como realmente é. Ás vezes, ela é tão sincera e incisiva que até nos assusta. Mas também não é para menos. Vivemos em um país governado por hipócritas inescrupulosos, sanguessugas que não hesitam em nos contar mentiras ou meias-verdades. Estamos tão acostumados a sorrisos dissimulados que uma palavra sincera é, muitas vezes, mal aceita.
Outra coisa interessante de se notar é como a influência da Pitty vai além do cenário musical. Graças a ela, fui “apresentado” a um ótimo escritor – Aldous Huxley, do qual já li dois livros: Admirável Mundo Novo e A Ilha, tendo sido este do que mais gostei.Por tudo isso, não tenho dúvidas em afirmar que P. tem contribuído para minha formação intelectual e crescimento pessoal. Sei que parece exagero, mas não é. Na verdade, depois de reler tudo isso que escrevi e mesmo ainda estando um pouco resistente à idéia de assumir minha condição de fã (lembrem-se: prefiro me ver como admirador), começo a me perguntar se não vale a pena o fanatismo por um ídolo como a Pitty. Um ídolo que te incentiva a ser você mesmo, a deixar de lado o preconceito e a seguir vivendo cada momento. Sinceramente, começo a pensar que sim :-).
By Eden Duarte
em 20/10/06